O ressurgimento do cinema brasileiro e as lições para marcas
O ressurgimento do cinema brasileiro e as lições para marcas

1. Narrativas com propósito: marcas que dizem a que vieram
Ainda Estou Aqui conquistou o público e a crítica ao contar a história de Eunice Paiva, ativista e mãe de Marcelo Rubens Paiva, a partir da violência da ditadura militar. A força do filme está na combinação entre uma narrativa com propósito, profundamente conectada à história do país, e uma estética precisa, que transmite autenticidade.
Para as marcas, a lição é clara: histórias com profundidade e valores bem definidos têm muito mais força para gerar conexão. Marcas que sabem por que existem constroem vínculos mais sólidos e duradouros com seu público.
2. Estética e identidade: a consistência como ativo de marca
O sucesso de Ainda Estou Aqui também está na forma como sua narrativa se alinha com todos os elementos do filme: da direção à ambientação, tudo comunica a mesma mensagem. Essa coerência estética é um reflexo direto da identidade da obra.
Em branding, essa consistência é essencial. A forma como uma marca se apresenta (visualmente, verbalmente e em sua experiência) deve reforçar seus valores e personalidade. Quando tudo está alinhado, a marca se torna mais reconhecível, memorável e confiável.
3. Antecipação e engajamento: como criar expectativa com propósito
O Agente Secreto, que estreia em novembro, já gerou grande expectativa. Com Wagner Moura no elenco e direção de Kleber Mendonça Filho, o filme foi exibido em festivais internacionais e premiado antes mesmo da estreia comercial.
Isso mostra o poder de criar antecipação estratégica. Marcas que envolvem seu público antes do lançamento, compartilhando bastidores, insights e narrativas, conseguem gerar um vínculo emocional mais profundo. O público quer participar da jornada, não apenas consumir o produto final.
4. Posicionamento corajoso: falar com clareza com quem importa
Outro ponto em comum entre os dois filmes é a escolha por temas politicamente carregados. Ambos tratam de períodos tensos da história brasileira e não tentam agradar a todos. Isso é um exemplo poderoso de posicionamento: escolher um ponto de vista e sustentar sua narrativa com clareza.
Marcas que tentam agradar todo mundo acabam sem identidade. As que se destacam hoje são aquelas que sabem com quem estão falando e o que representam. E isso exige coragem para dizer “não” a certas tendências e “sim” ao que realmente importa para seu público.
5. O valor do reconhecimento externo: prestígio que fortalece a marca
Ainda Estou Aqui venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional, um feito inédito para o Brasil. O Agente Secreto segue caminho parecido, com visibilidade em Cannes e outros festivais. Esse reconhecimento internacional reforça o valor simbólico da produção cultural brasileira e amplia seu alcance.
Para marcas, esse é um sinal de que investir em qualidade, autenticidade e consistência gera frutos, inclusive fora do mercado local. Construir uma reputação sólida pode abrir portas internacionais, parcerias estratégicas e elevar a percepção de valor.
6. Cultura como estratégia de marca: o branding no centro da cena
O ressurgimento do cinema brasileiro mostra que cultura e branding estão mais conectados do que nunca. Filmes que contam histórias potentes, com identidade visual marcante e propósito bem definido, são muito mais do que entretenimento: são construção simbólica de marca, país e valores.
Marcas que se inspiram nesse modelo podem encontrar caminhos mais profundos de conexão com seu público. E, mais do que isso, podem ocupar um espaço relevante nas conversas culturais que realmente importam.
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By Gustavo Vieira
Gustavo Vieira é Redator da ID_Lab Comunicação e Design

 
  
  
 



















